<p>Há muito tempo jaz, silenciosa,
A minha pobre Lira em abandono,
Quis, hoje, despertá-la desse sono,
Desse torpor feliz em que ela goza;
Respondeu-me, porém, triste e saudosa:
"Para que ousas macular meu trono,
Quando já se aproxima o teu outono,
E a Primavera já se foi ditosa?...
Sentindo dentro dálma ardente pira,
Roguei-lhe com fervor: "Ó doce Lira,
Porum momento só, eu te prometo!..."
E a pobre Lira, ouvindo o meu pedido,
Deixa escapar das cordas um gemido...
E foi assim que fiz o meu Soneto!..."
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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